Banco Central mantém taxa Selic em 6,5%
O Banco Central decidiu manter a taxa de juros básica da economia brasileira em 6,5%, na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), ocorrido em 12/12. Com isso, a taxa Selic permanece no nível mais baixo da série histórica, iniciada em junho de 1996.
Segundo a avaliação da reunião, houve um resfriamento do risco de não aprovação de reformas como a da Previdência e dos ajustes necessários na economia brasileira.
O texto representa uma mudança no posicionamento, já que na reunião anterior, em outubro, a avaliação era de que a frustração da continuidade das reformas era um dos principais riscos para inflação.
A Selic, sigla de Sistema Especial de Liquidação e Custódia, é a taxa básica de juros da economia e serve como referência para todas as demais taxas cobradas pelas instituições financeiras das famílias e empresas. As mudanças na Selic influencia os financiamentos imobiliários, já que os recursos utilizados pelos bancos nos financiamentos vêm, principalmente da caderneta de poupança.
Se o governo eleva a taxa Selic, os investidores tendem a migrar da poupança e de outras aplicações financeiras para os papéis públicos, desta forma, diminuindo os recursos de crédito imobiliário.
Mas quando a taxa básica cai, há menos disposição em emprestar para o governo e aumenta o dinheiro disponível para empréstimos às pessoas físicas e empresas, facilitando a queda dos juros imobiliários.
Com a taxa Selic baixa e estável nos 6,5% desde março, os juros dos financiamentos imobiliários tendem a reduzirem, mesmo que em velocidades mais lentas, podendo ser o momento ideal para quem está planejando comprar um imóvel.